quinta-feira, 7 de julho de 2011

- Nós Eramos

Você se lembra do que nós eramos? Dos sorrisos, das brincadeiras, dos segredos? Eu ainda lembro de cada pequeno momento, de cada detalhe insignificante. E sabe, ainda dói. Dói um bocado olhar pra trás e me obrigar a ver como tudo mudou, como você se foi sem nem dizer adeus. Eu lembro de quando você me prometeu que suportaria tudo, até a distancia, mas que não deixaria tudo se perder. Eu acreditei, acreditei e confiei com todas as minhas forças, com todas as minhas esperanças. Acreditei porque você me deu todos os motivos do mundo para acreditar. Até eu te ver ir embora pela primeira vez. Juntei todas as minhas forças pra te trazer de volta. Por uma semana exata. Eu contei cada dia que pude te ter de verdade, que pude sentir a tua força me levantando. E você se foi novamente. Sabe, nunca faça alguém se sentir especial, se sentir importante, se sentir tudo e vá embora depois. Mais uma vez eu juntei a pouca força que ainda me restava e te trouxe de volta pra perto de mim. Dessa vez, por três dias, até você resolver ir embora de novo. Só que dessa vez, eu já não tinha mais forças, não tinha mais coragem, não tinha mais peito. E doeu te ver ir embora e não poder fazer nada, não conseguir nem gritar. Você me virou as costas e eu chorei por ter perdido tudo. Eu chorei tanto, eu quis colo, mas você nã estava lá pra me dar. Você estava ocupada demais, seus problemas eram grandes demais, sua confusão era louca demais, e ainda assim, eu tententei te ajudar. Te dei conselhos, te estendi a minha mão e você não quis segurar. Aquilo me pertubou tanto, me rasgou por dentro, mas eu sorri. Como sempre, eu sorri. Se você soubesse qua a cada conselho que eu te dava, uma lágrima eu derramava. Se você soubesse ou se quer imaginasse o quanto eu precisei de você. Eu fiquei sozinha por tanto tempo, querendo atenção, querendo colo, querendo você de novo e sem poder ter. Foi o tipo de história sem final feliz. O tipo de história que terminou com reticências, que terminou com dor, que terminou com solidão. E se você quiser saber, hoje ainda dói pra caralho. Dói ouvir as palavras vazias, as brincadeira superficiais e a ausência dos segredos que nós tínhamos. As feridas foram tão profundas que o tempo não conseguiu sarar. Dói ter perdido a intimidade, ter jogado fora o amor, a confiança, tudo. Dói olhar pra você e pensar "A que um dia foi a minha melhor amiga. A que um dia prometeu que nunca iria me abandonar".