quinta-feira, 7 de maio de 2015

- Ah, Morena!

Se depender dessa tua doçura, eu quero morrer de diabetes. Desde o dia em que eu te vi, tolo desastrado tropecei na tua pele morena, as batidas do meu coração estão sendo dedicadas a ti. A conta dos meus dias se perdeu no instante em que vi a poesia doce do teu sorriso, tomando de conta de cada uma das minhas horas amargas. Ah, e a paz que tu me traz, morena? É engraçado esse teu poder de parar todas as minhas sinapses, interrompendo qualquer frisson de agonia.

A única agonia que me dá é quando experimento a doçura dos teus lábios cor de vinho tinto, que faz resplandecer teu riso cristalino. Dá formigamento, sabe? Dá dormência. Preenche cada espaço da minha boca, do meu peito inteiro. Morena, ah se tu soubesses... Desde quando chegaste, minha correria se transformou em valsa e cada milésimo de segundo tem sido a música da tua voz dando alegres voltas pelos meus pensamentos.

Deixa eu adentrar mais fundo teu mundo multicores, apreciar a arte da tua vida sabor de kiwi. Conta como é não ter medo de caminhar pra viver e ver o que tiver. Deixa eu enxergar o tom do teu cabelo cor-de-canela-e-cheiro-de-maçã na hora em que tu acordares, com a luz do sol estampando a janela do quarto na tua pele. Cantarola aquela música do Güido que fica tão bonita na tua voz e embebeda meus ouvidos.

Morena, eu tenho pressa de me afogar na tua doçura, então me leva. Só aprendi a dançar a vida porque foi tu quem me conduziste.