quinta-feira, 7 de julho de 2011

- Cair Fora


Eu acreditei em amores, em amizades, em pessoas, em sentimentos que se foram e saíram arrancando tudo o que tinha dentro de mim, tudo de mais bonito que existia dentro de mim. Que me feriram sem pena, que sumiram com a minha confiança e jogaram ao vento tudo o que fora construído com tanto esforço. E voou pra muito longe, eu não consegui mais encontrar. Quis um refúgio pra me esconder e não tive, quis um abraço pra me confortar e não tive. Além de vazia, eu estava só. Quis acreditar e não consegui, quis me entregar, mas tive medo. Revesti meu coração de matéria impenetrável e sofri tanto, senti tanta dor que perdi as contas das madrugadas que passei em claro. As lágrimas ácidas escorrendo por meu rosto, corroendo a alma e lavando o coração. Chorei até conseguir ficar de pé novamente, até me acostumar com a dor. A mesma dor que me deixou fria, que congelou meus sorrisos da maneira mais linda e simpática, que me deixou incomovível, vazia. Mas apesar de tudo, eu estava forte e refeita. Até que você me apareceu, trazendo tanta coisa boa de uma vez que fez ter vontade de recuar. Me fez ver que depois de tanto tempo, ainda existia alguém que não merecia o meu desprezo. E eu me prendi a você, com pernas, braços e coração. E a cada dia eu te queria mais perto de mim, porque você se tornou vital. Eu senti saudade de você durante cada instante do meu dia, eu quis o seu abraço. Quis você perto de mim tantas vezes que perdi a conta e quase enlouqueci por não ouvir a sua voz. E até os pequenos detalhes, as músicas que eu escutei, me fizeram lembrar do seu sorriso. Eu me senti vulnerável, desprotegida. Você conseguiu entrar na caixinha a qual me fechei por tanto tempo. Eu senti medo da confusão a qual eu sabia que estava me enfiando. E cheguei a conclusão que era hora de largar tudo alí e cair fora. Hora de acabar com a brincadeira.