sexta-feira, 22 de outubro de 2010

- Tóxico

É daquele jeito, todos os dias. Conter o grito que você não pode dar, o abraço que você não pode dar, o beijo que você não pode dar, a palavra que você não pode dar... Manter tudo dentro de você e depois despejar tudo em lágrimas, de madrugada, sozinha no seu quarto. Escutar aquela música que por incrível que pareça traduz tudo o que você sente, olhar pra lua cheia brilhando e se encantar com a brisa batendo no seu rosto. Tudo momentaneamente. Aonde está o extremo da felicidade, o ápice? Bom, eu sei aonde está, eu já fui lá algumas vezes, mas não me lembro o caminho de volta. Na verdade, não posso me lembrar do caminho de volta. A vida passa lentamente, quase parada. Já não se consegue distinguir a segunda da sexta, afinal é tudo tão parecido. Aonde estão todos? Não sei, não consigo vê-los. Enfim, quem um dia me falou que a vida era justa? Ninguém.