domingo, 2 de outubro de 2011

- Vem Cá


Deita do meu lado, deixa eu sentir a tua pele quente me aquecer. Me abraça, vamos conversar sobre o nosso futuro, planejar a vida que teremos juntos. Você cozinharia enquanto eu iria alugar um filme qualquer para assistirmos durante a madrugada. Somos tão contrários e tão completos juntos. Vem cá, não sai do meu lado, vamos nos divertir feito crianças. Eu preciso tanto de você aqui comigo pra arrancar de mim esses sorrisos, pra me dar essa felicidade.  Promete pra mim que não vai mais me deixar aqui, promete? Eu senti a sua falta como eu sentiria falta de oxigênio pra respirar. Eu me culpei tanto, gritei tanto, chorei tanto quando te vi escapar por entre meus dedos como areia fina. Que bom que o vento te trouxe de volta. Vem aqui bagunçar a cama comigo, ela esteve arrumada por tanto tempo esperando você voltar. Quando abria os olhos pela manhã, olhava para o seu travesseiro intocável do meu lado e a ordem do seu espaço me trazia um vazio ridículamente grande. Vem, me mostra que você está aqui, mostra que eu não estou sonhando com esse teu sorriso bobo no rosto. Porque você demorou tanto a voltar? A porta esteve aberta todo esse tempo, enquanto seu cheiro de hortelã insistia em se espalhar pela casa. Deixa eu sentir teu cheiro de verdade, sonhei tantos dias seguidos com ele. Vem cá, permite eu te envolver nos meus braços e não te deixar partir nunca mais. Nunca mais.