Talvez eu tenha sido o cara mais idiota do mundo por deixar você ter ido embora sem dizer absolutamente nada. Eu deveria ter pedido pra você ficar, deveria ter tentado mais um pouco, mas ao contrário disso, eu joguei toda a minha felicidade no lixo. De repente, a minha vida foi tirada de mim, você foi embora e eu teria que arranjar qualquer outra coisa pra fazer a não ser pensar em você. Eu não queria, eu não podia. Mas durante as noites que ficava futuando antes de dormir, eu lembrava do seu sorriso me chamando de "idiota" ou das tarde que nós dividimos barras de chocolate meio amargo que você gosta tanto. Ah, como aquilo me fazia feliz. Lembro do seu perfume, como se você estivesse tão presente aqui comigo, que minha pele chega a arrepiar pela falta que você me faz. Me fingir indiferente faz doer menos, esquecer que você existe, não te ligar, não ouvir sua voz facilita as coisas pra mim. E aí eu fico te procurando em outras pessoas por aí, de uma maneira quase possessiva, tentando entender esse vício que você criou em mim. Já fazem tantos dias, tantas semanas, tantos meses e você ainda está aqui tão presente. E por mais que eu passe alguns dias sem pensar em você, do nada, me pego olhando para aqueles papéis amassados dentro do meu armário, todas as cartas que você me escreveu. E eu me sinto tão fraco, tão carente, tão incompleto, tão só. Por mais que esta minha busca de você em outras pessoas esteja aqui, eu ainda não consegui encontrar ninguém que me faça sentir se quer um terço que você me fazia. Seus carinho, suas brincadeiras, o som da sua risada no telefone... Ou só o nosso silêncio, enquanto nos aquecíamos em meio ao frio. Lembro dos seus sonhos, dos seus gostos. E fico vivendo preso a este passado, me perguntando quando tudo isso vai acabar. Eu sinto tanto a sua falta, minha pequena. Eu ainda te amo tanto. E bom, talvez seja isso aqui dentro do meu peito que me mantém vivo. Talvez seja a lembrança do seu sorriso, do seu perfume. Talvez seja só você aqui dentro de mim.
