quarta-feira, 8 de junho de 2011

- Seis Meses


E já se passaram seis meses. Tão rápido quanto o vento arrasta a areia da praia, tão depressa que mal pude perceber. Coisas que até certo tempo pareciam tão claras na minha memória - lembranças que antes eu julgava tão importantes - agora só me parecem fatos empoeirados na estante da minha mente. Pessoas que eu pensei, de verdade, que nunca sairiam da minha vida não estão mais aqui, enquanto outras que eu nem sonhei em conhecer, são quase partes vitais de mim. E aí eu percebo o quanto as coisas acabam sendo passageiras, e que dois anos podem ser comprimidos até virarem pó, até sumirem como se nunca tivessem estado lá, deixando um vão enorme e indescritível, um acumulo de nada dentro de mim. É engraçado enxergar a vida como uma roda gigante a qual você não pode controlar. Uma hora você está por cima, outras por baixo, mas nunca para. Emperra algumas vezes, se machuca em outras, mas nunca para. E aí você percebe que se parasse, acabaria toda a graça.