Eu olho pela janela e vejo o quanto a vida passa rápido, o quanto nós não damos valor a nada, o quanto deixamos de nos importar. Seres humanos vivem para reclamar, é o que nós fazemos de melhor, estamos sempre nos queixando. Esquecemos de agradecer, esquecemos de dar a devida atenção, simplesmente esquecemos. Hoje eu posso ver que sentar e esperar a chuva passar não vai fazer com que as coisas sejam melhores, pelo contrário, se eu quiser sobreviver devo aprender a passar pela chuva. Essa é a lei. Ou você dança, ou senta e espera a música acabar. A vida é só essa sequência interminável de adeus. Vários fins, vários começos, várias histórias. Se você realmente parar pra pensar, percebe que esse ciclo só tem um fim quando finalmente te colocam em um buraco, sete palmos abaixo do chão, que então você não pode mais sentir. Aquele se torna o ultimo adeus realmente, aquele que não vem seguido de um novo começo, nem de uma nova história. Porque até lá, você sabe que quando diz adeus, é pra mudar de situação. Despedir-se de algumas pessoas para conhecer outras lá na frente e rever aquelas das antigas mais na frente ainda, surpreender-se com a roda gigante na qual a vida pode se tornar. Uma hora você está em cima, outra em baixo. Como eu disse, essa é a lei. Ou você se joga nessa loucura e aprende a controla-la da sua maneira, ou simplesmente se acomoda na monotonia de não reagir e não lutar por aquilo que deseja.
