quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

- Sacrifício



E esse amor que me aflige e me mata aos poucos? Esse amor maldito que não me deixa seguir em frente e me prende a você, que me tira a liberdade e faz esquecer de mim mesma? Quando ele vai deixar de existir? Você era a única coisa que me importava e agora que você se foi, as coisas desandaram, perderam o sentido. Sabe quando tudo não parece tão divertido quanto era antes? Perdeu a graça. Não sinta pena de mim, eu não suportaria. O que eu quero você já deixou bem claro que não pode me dar. Eu me conformei com tudo isso. Me conformei com a monotonia, com o tédio, com a infelicidade, com a dor e com as noticias da sua felicidade chegando até mim, como uma chuva de granizo que vai caindo e destruindo tudo o que restava. Por favor, entenda, não fico revoltada em saber que você está feliz, pelo contrário. O problema é que para toda essa felicidade existir, houveram sacrifícios. E nesse caso, o sacrifício fui eu. Mas me diga a verdade, o que você sente dentro da sua alma? Talvez nem mesmo você saiba. Talvez ninguém saiba. Ainda assim, com todos esses sentimentos miseráveis que carrego dentro de mim, estou seguindo adiante. Fingindo uma felicidade que não existe, forjando uma vida que não existe, tentando acreditar nas mentiras que criei para amenizar a dor. O fato de eu não demonstrar, não significa que eu não sinto.